terça-feira, 28 de abril de 2009

Galope à beira-mar a favor da água

Saiba que lamento que devo lhe dizer
Que você ainda não sabe o valor
De um rio limpinho e também da flor
E a rara beleza que nos dá prazer
Sob a desculpa de desenvolver
Veneno na água você vem botar
Dizendo que é para praga matar
Mas esquece que dessa água bebendo
O povo um câncer vai desenvolvendo
Se tomar da água da beira do mar.

O rio que corre tranquilo em seu leito
Já se apavora da destruição
Que o bicho homem causa de montão
A mãe natureza se perde no eito
Dos seres humanos o maior defeito
Ser irresponsável deixando acabar
O meio de a sua vida salvar
E tantos sinais insiste desprezando
De que o seu mundo está se acabando
Sob a ressaca das ondas do mar!

autonomia das almas

Tocantins é um estado
Onde o sol mui forte brilha
Onde o pai cria a filha
Se sentindo sossegado
E muito aliviado
De do mundo violento
Cheio de tolo bufento
Conseguir se aliviar
A família preservar
De um grande sofrimento.

Conquistou autonomia
Porque seu povo lutou
Com esforço edificou
Toda noite, todo dia
O estado que queria
Para seu filho criar
Com honra se sustentar
Vivendo tranqüilidade
Com regozijo e verdade
E motivos pra cantar.

Este é o belo estado
Onde eu me instalei
E onde edifiquei
Um sonho bem desejado
Docemente arquitetado
E no qual me empenhando
Acabei estropiando
Minhas mãos em carne viva
Pelo sonho de uma diva
Que no mundo me encontrou
Para si me desejou
Uma senhora furtiva.

Nestas décimas declamo
O meu nobre ideal
Desta terra sem igual
Onde a mulher que amo
E com quem brigo e reclamo
Seja pelo povo forte
Que lida com dor e morte
Na seca terrificante
Honrada a todo instante
Abençoada na sorte.

Autonomia só vem
Quando o povo se esclarece
E de lamber bota esquece
E podem vir mesmo cem
Pessoas com seu vintém
Desejando de comprar
Honradez a se afirmar
Em ação executada
Leva uma alfinetada
Corre à casa pra chorar.